A TAP teve um lucro de 53,7 milhões de euros em 2024, o que equivale a uma queda de 69,7% face ao ano anterior, quando o lucro foi de 177,3 milhões. A empresa justifica os resultados com perdas cambiais e provisões laborais extraordinárias, numa referência à decisão do Supremo Tribunal de Justiça sobre a reclassificação dos tripulantes de cabine, mas realça que se trata do terceiro ano consecutivo de lucros.
Em 2019, o último ano antes da pandemia, os resultados registaram um crescimento de 149,4 milhões de euros.
O presidente executivo da TAP, Luís Rodrigues, referiu, em comunicado, que estes resultados "foram conseguidos num ano muito desafiante, marcado por um aumento relevante da concorrência" nos principais mercados da transportadora aérea, "fortes desvalorizações cambiais, desafios operacionais, nomeadamente no controlo de tráfego aéreo e eventos meteorológicos adversos, e constrangimentos estruturais, como o limite de aeronaves".
A TAP transportou 16,1 milhões de passageiros no ano passado, um aumento de 1,6% face a 2023, mas operou menos 1,5% voos, com ambos os indicadores abaixo dos níveis de 2019.A companhia aérea destacou o "forte desempenho do segmento de manutenção", com um incremento de 44,6%, em particular na atividade da oficina de motores, que também contribuiu para o aumento das receitas.
O presidente executivo da TAP referiu ainda o "aumento significativo" do índice de satisfação do cliente, face a 2024, que reconhece "o contínuo aumento da pontualidade e regularidade". Destaca ainda que 2025 será um ano "desafiante", mas também o último ano do plano de reestruturação.
c/ Lusa
